sexta-feira, 28 de novembro de 2008


Leiturinha engata sono de ontem:
— Você me ama, de verdade?
Fico pensando.
E, numa fração de segundo, repito mentalmente o que já lhe dissera ontem à noite, entre vinhos e luares:
Amar é permitir sempre; amar é compreender sempre; amar é deixar que o outro vá — ou que fique, se assim o desejar; amar é respeitar todos os direitos humanos da pessoa amada; amar é jamais ter ciúmes; amar é não ter medo de perder. Amar é não forçar nada — nem sequer um beijo na boca; amar é não fazer perguntas desnecessárias ou indiscretas — muito menos na hora errada; amar é deixar fluir a emoção em todos os sentidos; amar é incentivar o vôo livre que o outro possa estar querendo, e às vezes até mesmo empurrá-lo com ternura para o abismo gostoso do desconhecido profundo. Amar é respeitar com devoção e aplaudir com entusiasmo o desejo de saltar que o outro às vezes tem. Amar é reconhecer afetuosamente o direito que o outro tem de fazer suas escolhas — mesmo que essas escolhas eventualmente me excluam.
Mas, para encurtar a história, digo apenas:
— Te amo, é claro."Porém, amo mais a liberdade"
— penso eu, como fosse um Henry Miller deslizando num lençol de cetim.
— Eu sou o maior amor da tua vida?
— ela parece querer garantias impossíveis...
— Neste momento, sim — respondo, sinceramente.
— Você já disse isso para outras?

...Tem diálogos que são intermináveis... rsrsrsr
Ai, ai ... nós, essas, mulheres.......

Um comentário:

  1. Maria Dorotéia,

    Que bom que você publicou meu texto em novembro de 2008.

    Pena que você não citou o autor!

    ............ Depois de olhar-me nos olhos por talvez um minuto, ela segura-me as mãos, carinhosamente, e pergunta:

    — Você me ama, de verdade?

    Fico pensando.

    E, numa fração de segundo, repito mentalmente o que já lhe dissera ontem à noite, entre vinhos e luares:

    Amar é permitir sempre; amar é compreender sempre; amar é deixar que o outro vá — ou que fique, se assim o desejar; amar é respeitar todos os direitos humanos da pessoa amada; amar é jamais ter ciúmes; amar é não ter medo de perder. Amar é não forçar nada — nem sequer um beijo na boca; amar é não fazer perguntas desnecessárias ou indiscretas — muito menos na hora errada; amar é deixar fluir a emoção em todos os sentidos; amar é incentivar o vôo livre que o outro possa estar querendo, e às vezes até mesmo empurrá-lo com ternura para o abismo gostoso do desconhecido profundo. Amar é respeitar com devoção e aplaudir com entusiasmo o desejo de saltar que o outro às vezes tem. Amar é reconhecer afetuosamente o direito que o outro tem de fazer suas escolhas — mesmo que essas escolhas eventualmente me excluam.

    (...)


    Vou republicá-lo no meu blog novamente.

    Abraçosd, flores, estrelas...

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